Aconteceu muitos séculos antes, mas, para Jesus, é como se fosse ontem. É um dia que o assombrou; o dia que fez com que Ele se levantasse de seu trono e mergulhasse na humanidade. O dia que levou a esse dia de Lázaro e motivou cada um de seus dias sobre a Terra. E, lá no fundo, Ele se lembra de tudo...
Um homem e uma mulher ficam em pé debaixo de uma arvore. É uma arvore frutífera – uma extraordinária arvore frutífera. Uma arvore que seu Pai pôs no meio do jardim e deu um nome: “A ciência do Bem e do Mal”.
É a única arvore de que o homem e a mulher devem manter-se afastados – “nem tocareis nele”. Seu fruto é o único que precisam atentar para não comer – “para que não morrais” (Gênesis 3:3.).
Mas – e essa não é a marca da natureza humana? – é a única arvore da qual o homem e a mulher não conseguem se afastar. Seu fruto é o único fruto que os faz imaginar: “Qual será seu gosto”?
Então uma escolha é feita. A inocência é vendida. A imortalidade, a perfeição e a bondade são lançadas fora pela ninharia do apetite e da curiosidade.
“Tomou-lhe do fruto e comeu” (Gênesis 3:6)
Oh, desgosto dos desgostos! É uma tragédia eterna. Se ao menos tivessem confiado Nele! Se ao menos tivessem obedecido!
Mas isso não aconteceu. E, então. Lá estão eles, homem e mulher, nus e em silêncio. De repente, pela primeira vez, há uma nova e estranha situação diante deles – ela não sorri; nem ele.
“Abriram-se, então, os olhos de ambos.” (Gênesis 3:7)
O homem desvia os olhos da mulher, embora não saiba por quê. A mulher se esconde atrás da árvore, embora não possa compreender. E conforme a fruta mancha seus lábios, mancha também a criação. À medida que seu suco pinga de seus dedos, goteja sobre o tecido da própria eternidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Participe você também desta idéia!