A neurose da Santidade, Hitler?

Atualmente temos ouvido falar muito sobre “Santidade”. Essa palavra vem sendo cantada exaustivamente pela Igreja. O desejo de “ser Santo” ocupa um espaço considerável na mente evangélica brasileira. Tal esforço criou um paradigma de fé que eleva o moralismo a níveis extremos.

Exemplo claro disso foi o jovem que decepou o próprio pênis por não querer mais pecar, e ao ser questionado por que fez isso ele respondeu, “Li na bíblia que se o teu olho te faz pecar é melhor arrancá-lo”... Isso aconteceu no Rio de Janeiro e foi noticiado pelo Jornal O Dia. Será que a pregação da “Santidade” realmente está alinhada com o que a Bíblia chama de Santidade? Vejo que tal distorção teológica está criando uma geração de “santos neuróticos – Hitler em busca da raça perfeita e separatista”.


O que quiz dizer Jesus quando falou assim: “Não oro que os tire do mundo, mas que os livres do mal”. Creio que os danos psicossociais serão visto nessa próxima geração de cristãos, os quais cresceram debaixo desse engodo religioso chamado de “Santidade”. Tal apelo vem fazendo com que pessoas queiram se tornar deuses.
A neurose faz com que os afetados não consigam perceber a verdadeira realidade. A vida se torna apenas um momento na quarta-feira e no Domingo ou um congresso. O padrão não mais é Cristo e sim o que se ensina em nome de Cristo. O desejo por essa tal “santidade” cria apenas cristãos irrelevantes no seu estilo de vida, que só querem viver no orgasmo da transcendência.

Mas o que é ser santo? Creio que ser santo nada mais do que em primeiro lugar pensar como Deus pensa e se alguém pensa que isso é impossível, então podemos pensar ser impossível ser santo, mas Disse Deus “Sedes santos por que eu sou santo”, ser santo é pecador perdoado é viver a fé dia-a-dia, é viver na confiança da graça de Deus e se relacionar com o Espírito Santo, sabendo que toda a vida que tem vem Dele e é pra Ele.

Toda, Vida! Não apenas as minhas aspirações religiosas e místicas.

Achamos que, com o tempo nos tornamos melhores. Não vejo isso na vida de Paulo. Ele terminou sua vida afirmando que era o maior dos pecadores. Será que ele não era santo?

Creio que não se trata de ser santo. Creio que ele entendeu o que é ser santo. Ele entendeu que era Deus quem o santificava e não suas tentativas de ser ou parecer melhor. Ele compreendeu que Santidade não é conquistada e sim vivenciada e recebida de graça, não adquirida através de trocas espirituais como: (“Jejuns, votos, cultos, sacrifícios, etc.”). O consumismo também contribui para que essa teologia perversa ganhe mais e mais espaço no meio da cristandade, pois, partindo do pressuposto que me torno melhor através daquilo que adquiro os crentes simplesmente são possuídos por esse “espírito” e aplicam tal prática ao que chamam de santidade. (Hipócrita).

Não vejo muito que fazer com essa neurose eu penso que temos que aprender a conviver com os seus frutos amargos. Não sou pessimista, sou realista. Mas ainda bem que a graça de Deus está disponível pra nos curar de nossas neuroses, inclusive a de Santidade Neurótica.

"Santidade não é uma maneira de me proteger dos outros, mas o contrário... É proteger os outros de mim mesmo...”

“E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade”. João 17:19

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