Senhores ou Donos da Igreja na Terra I

A Igreja do Senhor dos Céus e as igrejas dos senhores da Terra

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Ao contrário dos impérios até então em alta, a Nova Aliança entre Deus e os homens revela o Reino divino entre os homens, a partir do advento de Cristo: “Nem dirão: Ei-lo aqui, ou: Ei-lo ali; porque eis que o reino de Deus está entre vós” e “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo”, Lc 17.21 e Rm 14.17.
Os crentes, muitos alijados pelos sistemas de domínios, do crescimento humano e da visibilidade social, sentiram-se prestigiados pelo Senhor – o Adonai (hb) na Velha Aliança, portanto restrito aos judeus; e Kurios (gr), o Senhor de tudo e todos. Embora profetizado na Velha Aliança, conforme os profetas, como Isaías 53, agora mostrado pelo Cristo, como o Pai (Mt 6.9).
Com a Igreja, embora seja revelada por indicar o próprio Reino de Deus na Terra, surgem os meios de correção de discrepâncias impostas por domínios e impérios, formas de escravização humana. Nota-se essa filosofia no alinhamento imposto pelo Senhor da Igreja: “E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim; Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um”, Jo 17.20-22.
Alinha-se também a esse propósito apóstolo Paulo, quando exorta a que se apare os excessos excludentes, para que todos sejam nivelados em representação social: “Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros”, Rm 12.10. Note que Paulo não diz respeito ao templo espiritual de Efésios 2.21-22: “No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito”, mas às questões temporais.
Quando o apóstolo fala aos romanos, tenta eliminar o problema existente por causa da disputa entre judeus e gentios. Os judeus, de volta a Roma, após terem sido expulsos pelo imperador, queriam dominar a igreja. Então Paulo, em Romanos 12.10, enfatiza que o amor fraterno (de philia) entre os cristãos deveria eliminar fronteiras, etnias, classes sociais e cidadanias temporais. O original afirma que os cristãos deveriam amar como se fossem gerados pelo mesmo ventre, isto é, consanguíneos.
Além disso, as honras também devem acompanhar o mesmo respeito e amor recíprocos. Vê-se esse ensino, quando o apóstolo dos gentios enfatiza a questão do alinhamento da honra. Ninguém deve ser tão honrado a ponto de humilhar o seu próprio irmão (Rm 12.10).
Com tudo isso, a Nova Aliança não deixa a desejar à Velha, quanto à questão tratada pelos profetas, com respeito aos pobres e oprimidos. Para manter a pompa palaciana, os reis impunham duras penas ao povo, sob forma de impostos e muita opressão sobre os produtores, atingindo também e especialmente trabalhadores.
Os reinos em Israel ocorreram justamente a partir da opressão de Roboão, mais injusto quanto ao peso dos impostos, para manter o luxo palaciano, que seu pai Salomão. Isto provocou revolta e por fim a consolidação da dissidência – Reino Sul (Judá), com capital em Jerusalém e Norte (Israel), com a capital em Samaria.   

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