Evangelista lista cinco equívocos sobre a oração que “precisam ser corrigidos”

A oração é uma das práticas que definem o cristianismo e, em síntese, representa o cultivo de uma relação íntima e pessoal do crente com Deus. O evangelista Jay Lowder publicou um artigo em que lista “cinco equívocos sobre oração que precisam ser corrigidos”.
Lowder e fundador de um ministério cristão que trabalha com missões voltadas a jovens e tem como objetivo “alcançar os diversos grupos de pessoas com a mensagem de Jesus Cristo”.
Para o evangelista, é comum os cristãos confundirem a oração com um diálogo em que o assunto é sempre o futuro daquele que ora e suas necessidades. Confira os cinco pontos listados por Jay Lowder sobre a oração:
A oração não é sobre a mudança de Deus, mas sobre você
“Nós não devemos ir a Deus em oração para que Ele saiba sobre nossa situação ou para informá-lo de que ele precisa fazer algo. Deus é onipresente e onisciente e já conhece as nossas necessidades. A oração é o processo pelo qual Deus nos dá Sua perspectiva. É um momento para transformar os nossos corações e mentes e permitir-nos orar de acordo com a Sua vontade. Nosso desejo não deve ser que a nossa vontade seja feita, mas que a vontade de Deus seja feita na terra como no céu”.

A oração não é sobre as suas necessidades

“Na oração, devemos primeiro buscar a vontade de Deus para saber onde devemos colocar nossa fé. Muitas pessoas se aproximam da oração com a incerteza de saber se as suas orações serão respondidas. Antes que possamos orar eficazmente, devemos atribuir fé às nossas orações, e nós não podemos ter isso sem a certeza de que estamos orando por aquilo que Deus quer.
Um ponto de partida é pedir a Deus sobre as zonas cinzentas da vida. Devemos pedir a Deus para nos mostrar a Sua vontade. Assim que tivermos respostas sobre o que Ele quer que façamos, podemos anexar fé, e assim conhecer e confiar em Deus, que responderá nossas orações, porque, Ele já nos mostrou a Sua vontade”.

A oração não é só sobre você

“Certifique-se que a oração está focada em outras pessoas. É fácil de se atolar com nossas próprias petições e pedidos, mas Deus deseja que nós coloquemos outras pessoas antes de nós mesmos. Esse conceito está especificamente alinhado nas Escrituras e diz que devemos considerar os outros superiores a nós mesmos. Que melhor maneira de fazer isso do que colocando primeiro os outros em nossas orações?”.

A oração não é apenas para falar, mas também ouvir

“Ouvir é uma parte crítica da oração. É importante para meditar, ficar quieto e não ter uma conversa unilateral. Nada é mais desanimador do que se envolver com alguém que domina uma conversa. Isto também se aplica em oração. Deus quer falar conosco. Devemos ser todos ouvidos e praticar a arte de ficar quieto e imóvel diante de Deus. Quando fazemos isso, nós nos surpreenderemos com o número de vezes durante a meditação que Deus fale conosco”.

A oração não é apenas sobre o futuro

“É vital que expressemos gratidão a Deus pelo que já foi feito. É fácil simplesmente se concentrar em nossas necessidades, mas devemos reservar uma parte do nosso tempo de oração para sempre dizer a Deus como somos gratos por nos ouvir e responder às nossas necessidades anteriores. Nós precisamos ter um coração agradecido.
Quando começamos a entender essas verdades sobre a oração, vamos ser mais eficazes no alinhamento de nossos corações e conversas com a vontade de Deus, em vez de ser impedidos de ter uma profunda conversa pessoal com Cristo. Deus nos criou como um povo que ama a comunidade, e Ele quer ter o mesmo relacionamento íntimo conosco”.

http://noticias.gospelmais.com.br/evangelista-cinco-equivocos-sobre-oracao-confira-71868.html

O MONOPÓLIO DA FÉ

Em cada ação, cada palavra e cada atitude do Mestre podemos aprender lições que trazem vida e crescimento espiritual. Lições que nos ensinam a desmistificar falsos conceitos, identificar sofismas e desmascarar o erro.
Um episódio dentro do ministério de Jesus que nos chama a atenção é a ressurreição do único filho de uma viúva da cidade de Naim, na Galiléia. De acordo com os relatos bíblicos, foi o primeiro milagre de ressurreição feito pelo Ungido e ocorreu logo no início de Seu ministério:
"E aconteceu que, no dia seguinte, ele foi à cidade chamada Naim, e com ele iam muitos dos seus discípulos, e uma grande multidão; E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.
E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela, e disse-lhe: Não chores. E, chegando-se, tocou o esquife ( e os que o levavam pararam ), e disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se, e começou a falar.  E entregou-o a sua mãe.
E de todos se apoderou o temor, e glorificavam a Deus, dizendo: Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo" (Lucas 7:11-16)
   O MONOPÓLIO DOS MILAGRES            

Algumas vezes eu ouvi pregações sobre esse tema, destacando principalmente a oposição entre a tristeza daqueles que, sem esperança, sofriam com morte de um conterrâneo, e a alegria daqueles que, não obstante sofrerem perseguições e tribulações, seguiam o Senhor Jesus.
Sem dúvidas, naquele dia em Naim duas multidões se encontraram e os sentimentos que pairavam sobre cada uma delas era bem diferente.
De um lado a morte e a desesperança, do outro a vida eterna e a fé. Duas multidões e duas realidades diferentes.

Porém, o que também chama a atenção neste milagre é a posição da viúva, de quem o evangelista sequer cita o nome, em relação ao Messias.
Podemos ver, analisando todo o contexto, que aquela mulher não era discípula de Jesus. Ela não estava entre aqueles que seguiam o Messias em sua caminhada pela Galiléia, até porque Jesus estava principiando seu ministério e começando a ficar conhecido pelo povo galileu. 
Isso nos ensina algo muito importante. Nenhum grupo ou igreja (assembléia de pessoas que se reúne em nome de Jesus), deve chamar para si o monopólio dos milagres.
Vemos com pesar que muitos utilizam os milagres de Deus como elemento de marketing, tentando passar a idéia subliminar de que os milagres do Altíssimo estão concentrados em determinado lugar.
A ressurreição do filho da viúva de Naim nos ensina que o milagre do Eterno Pai não está subordinado a locais ou assembléias, e sim à vontade Dele.
Milagres acontecem todos os dias e em qualquer lugar. Onde houver uma necessidade humana e a vontade do Criador assim o quiser, haverá um milagre!

O Salvador sabia muito bem que aquela viúva dependia de seu filho. Ao contrario do que observamos atualmente, dias em que, devido ao desemprego da população economicamente ativa, os aposentados muitas vezes sustentam filhos e netos com os seus proventos, nos dias da viúva de Naim os filhos eram a verdadeira aposentadoria de seus pais.
Não havia seguridade social nem aposentadoria privada. Aos filhos cabia cuidar de seus progenitores quando estes não tivessem mais condições de trabalhar. Agora imagine a situação daquela viúva. Não tinha esposo e seu único filho havia perecido...
A partir daquele momento, ela teria que sobreviver dependendo da ajuda, por não dizer esmola, de amigos, caso os tivesse. As Escrituras revelam que o coração do Messias, o qual sabia de tudo isso e tudo o mais, se moveu de compaixão.
Quando o Eterno Pai se compadece, o milagre acontece. Ninguém pode ter o monopólio do amor e compaixão do Senhor. Nenhum grupo pode chamar para si essa exclusividade ou preeminência. Em 
sua infinita soberania, Ele age como quer e onde quer.

O MONOPÓLIO DA FÉ     

As Escrituras revelam que sem fé é impossível agradar ao Criador e que Ele é galardoador dos que o buscam.
O próprio evangelho da graça tem na fé no Senhor Jesus o canal para nossa salvação. Quem não crer, será condenado. Sem dúvidas, a fé é um requisito fundamental para relacionar-nos com o Pai e viver as suas bênçãos e milagres. É da fé que vivemos! (Romanos 1:17).
Mas, estaria o Criador subordinado à fé humana para agir? Esta pergunta pode parecer descabida ou infantil, porém, por incrível que pareça, muitos atualmente têm respondido afirmativamente a ela. O Altíssimo só pode agir quando há fé!!!

Pessoalmente, já vi e ouvi muitos dizerem isso, principalmente aqueles que fazem parte ou simpatizam movimentos que colocam a fé humana acima da soberania divina.
Num certo fórum que participei há alguns anos na internet, me deparei com essa situação. O tema era relacionado à fé e aos milagres. Alguns dos participantes defendiam que apenas através da fé os milagres divinos poderiam ocorrer.
Para sustentar tal idéia, até mesmo "bases" bíblicas foram achadas, como as passagens de Mateus 13:58 e Marcos 6:5-6, que mostram a falta de fé e a rejeição dos habitantes de Nazaré ao Senhor, fazendo com que Ele não operasse muitos milagres ali.
Mas, e se o Messias quisesse realizar algum milagre, através de sua soberania, não poderia tê-lo feito naquelas cidades, mesmo sem contar com a fé de seus habitantes? Não! Diriam aqueles que defendem a subordinação do Criador à fé do homem.

Então, o que falar do episódio ocorrido naquele dia em Naím? O Salvador ressuscitou aquele jovem porque alguém teve fé? Quem ler de uma forma equilibrada a passagem em questão verá que a iniciativa da ação miraculosa partiu do próprio Senhor.
Ninguém se prostrou a seus pés rogando-lhe um milagre. Ninguém "determinou" ou "reivindicou" o milagre de Cristo naquela ocasião. O Mestre agiu porque quis.
A misericórdia Dele transcende o nosso entendimento e ai daquele que queira limitá-la dentro de suas teses teológicas.
O Pai Eterno não está subordinado a nossa vontade. O agir do Altíssimo não depende necessariamente de nossa fé, mas sempre gerará fé naqueles que vivem essa ação. Imaginamos como deve ter mudado a história daquela viúva e de seu filho.
Como o dia a dia daquela pequena cidade da Galiléia foi abalado por aquele milagre que nasceu no coração amoroso do Senhor Jesus. 
Que possamos continuar vivendo a fé que foi dada aos santos (Judas 3) e usar essa fé no dia a dia. Mas, ao mesmo tempo, que possamos reconhecer e celebrar a soberania do Senhor. Ele age como, quando e com quem quiser.

O apocalipse segundo a "Bíblia" No início da era cristã, por volta dos anos 90, uma onda de opressão e violência patrocinada pelo Império Romano alvejava a comunidade judaico-cristã do Mediterrâneo Rodrigo Cardoso




METÁFORAS
“Os quatro cavaleiros do apocalipse”, de Billie Waters

No início da era cristã, por volta dos anos 90, uma onda de opressão e violência patrocinada pelo Império Romano alvejava a comunidade judaico-cristã do Mediterrâneo. O clima hostil serviu de inspiração para um dos perseguidos, João de Patmos, redigir um conjunto de textos sobre a história que se passava a sua frente. A obra, intitulada Apocalipse, compõe o último livro da “Bíblia”. Nela, João faz uma leitura econômica, política e social do momento do conflito, explica as causas dele e anuncia como será o fim daqueles dias: a vitória dos que sofriam, do bem sobre o mal. A cada capítulo, o autor procurava passar uma mensagem de conforto que, longe de produzir conformismo, pretendia ajudar o povo a entender aquela situação, resistir e enfrentá-la. Algo como “continue na luta que você vencerá”.

Mais do que o fim do mundo, o Apocalipse de João anunciava, portanto, o fim dos que mandavam no mundo. Acontece que o Apocalipse (apokálypsis, em grego, significa revelação) e outros textos do gênero – que começaram a surgir pelo menos 200 anos antes do de João – são férteis em metáforas e passagens fantásticas. E é esse traço que dá margem a interpretações acerca do fim dos tempos por parte de diferentes correntes religiosas. Personagens e passagens como a besta (que seria, muito provavelmente, o imperador Nero, segundo o Apocalipse de João), o dragão que persegue os descendentes de uma mulher (a Igreja Católica), o cordeiro (Jesus Cristo) enviado dos céus para julgar os homens e os mil anos de paz na Terra vão sendo relidos ao mesmo tempo que fatos históricos, como a ascensão de Hitler, o comunismo, a Guerra Fria e o 11 de Setembro, ganham contornos de sinais do final de tudo. 

“Para a tradição apocalíptica americana, que se desenvolveu com grupos religiosos como adventistas, batistas e presbiterianos no século XIX, o “Apocalipse” revelaria as fases da história humana, tanto do passado quanto do futuro próximo, no fim dos tempos” , diz Paulo Nogueira, autor de “O que É Apocalipse” (editora Brasiliense). Desta forma o anticristo poderia ser um novo papa ou um novo ditador, ou quem quer que venha a ser entendido por esses grupos como uma ameaça à liberdade religiosa do mundo e, em especial, uma ameaça à identidade deles. Outro estudioso do tema, o professor de teologia Rafael Rodrigues da Silva, da Pontifícia Universidade Católica (PUC), de São Paulo, reforça a tese com uma indagação: “Qual dos grupos religiosos que leem o fim do mundo estão ajudando o povo a interpretar a crise econômica mundial?” Para ele, leituras fundamentalistas dos textos apocalípticos têm afastado o teor crítico dos escritos antigos e produzido leituras alienantes. “Quando um grupo perseguido não se entrega e diz que vai vencer em nome de Deus, está fazendo resistência. Aqui, hoje, aplicam a história para alienar, fecham a doutrina na questão da salvação e o foco principal do apocalipse – que é ajudar o povo a enxergar o atual momento e fazer o enfrentamento – é esquecido.” 

Alexandre Leone, pesquisador do Centro de Estudos Judaicos da Universidade de São Paulo (USP), acredita que a crise econômica seria o fim do mundo do nosso tempo. Entre os judeus, os textos de caráter apocalíptico se encontram no Livro de Daniel, no Antigo Testamento, e não no de João. Em comum com os escritos seguidos pelos católicos estão, entre outros pontos, a vinda de um juiz, no caso o Messias, e a ideia de que a história caminha para o seu final. A batalha do bem contra o mal, porém, não tem destaque na literatura rabínica. 

“A natureza não muda, ou seja, não há de fato um fim do mundo, mas um mundo novo, um conserto dele”, afirma Leone, rabino da comunidade judaica de Alphaville. A ideia de arrumar o mundo foi elaborada por rabinos originários da Península Ibérica, de onde os judeus foram expulsos no século XV. “Não pode haver uma vitória de uma corrente – isso acabaria com o equilíbrio das coisas. O mal tem de existir solto no mundo porque é nessa dança que tudo acontece”, diz Leone. 

Religião monoteísta como o catolicismo e o judaísmo, o islã também conta com uma teologia apocalíptica. Segundo o “Alcorão” e as profecias de profetas como Jesus, Abraão e Mohammad – existem, no total, 124 mil profetas –, Deus daria pequenos sinais (como a banalização da vida e da morte, as mudanças climáticas bruscas e o fato de o homem imitar a mulher na maneira de se vestir) e grandes avisos (a vinda do anticristo, o retorno de Jesus, a grande guerra mundial, a inversão da rotação da Terra e o nascimento do Sol no Ocidente) da proximidade do fim dos dias. Os muçulmanos aguardariam o retorno de Jesus, que eliminaria o anticristo. Um reino de paz se estabeleceria até um novo tempo de injustiças se reiniciar. Cristo, então, morreria e com ele seus fiéis. Na Terra restariam os injustos, que seriam eliminados no fim do mundo. “Estamos próximos do fim dos tempos. É difícil eu ver algum pequeno sinal dado por Deus que já não esteja entre nós”, diz o sheik Jihad Hammadeh. As crises do Oriente Médio, o clima de tensão no Iraque e a expulsão dos palestinos para a criação de Israel, em meados do século passado, são interpretados pela literatura islâmica, de acordo com o antropólogo Paulo Hilu, coordenador do Núcleo de Estudos sobre o Oriente Médio da Universidade Federal Fluminense, como alguns dos sinais. 

Hammadeh, que é presidente da comissão de ética da União Nacional Islâmica, reforça que somente Deus tem o poder de precisar quando as profecias irão se concretizar. Nogueira, em “O que É Apocalipse”, segue esse roteiro e escreve que calcular tempos em que as pragas anunciadas pelo Apocalipse de João viriam a acontecer é “deixar de levar em consideração a linguagem mítica em que o ‘Apocalipse’ foi concebido”. No entanto, a humanidade vive com a perspectiva de que o mundo caminha para o fim, de que há forças antagônicas contribuindo para isso e se esquece de atentar para a salvação dos eleitos. “Aquele que lê o Apocalipse não pode viver a vida esperando o consolo após a morte. Deve procurar a justiça aqui”, diz o cônego Celso Pedro da Silva, especialista em Sagrada Escritura. “Se quer que os mil anos de paz e tranquilidade também previstos no Apocalipse aconteçam, tem de aprender a vencer o dragão agora.”  

http://www.istoe.com.br/reportagens/184615_O+APOCALIPSE+SEGUNDO+A+BIBLIA+




LEI E GRAÇA

Introdução

"O PIOR CEGO É AQUELE QUE NÃO QUER VER"

 “O pior cego é aquele que não quer ver”, porque dessa forma ele se torna conivente com os males que afligem o mundo a sua volta e sua própria vida e protege os que oprimem, e amaldiçoam pessoas inocentes, humilham, escravizam e desrespeitam seus semelhantes, “o que os olhos não veem o coração não sente. Está é sem dúvida a negação do querer ver. A conveniência sempre impondo a decisão de ficar cego diante de determinadas situações. Se recusam a ver a verdade. Se omitem. Se alienam. Só enxergam o que querem e o que lhes interessa. É, no mínimo, uma atitude de comodismo e de indiferença a sua própria vida e a de mais ninguém. "Que pena de você".... Que Pena de quem decidiu viver cego a encarar a dura realidade.
Nessa linha de raciocínio é que surgiu esse provérbio. Nasceu de uma história ocorrida no século XVII na França. Um aldeão de nome Argel foi a primeira pessoa a receber um transplante de córnea, num extraordinário sucesso da medicina da época. Ao enxergar, ele se tomou de um estado de horror com o mundo que passou a conhecer, bem diferente do que imaginava quando vivia na escuridão da cegueira. Solicitou então ao cirurgião que o operou a extrair-lhe os olhos, preferia voltar a ser cego. Com a recusa do médico apelou para os tribunais de Paris e do Vaticano e teve ganhado de causa. Passou então a ser conhecido como “o cego que não quis ver”.
A narrativa, ou parábola, dá força ao sentido filosófico deste provérbio, porque demonstra que em muitos momentos agimos como Argel que preferiu ficar cego para não ver a verdade de que não queremos enxergar hoje ou somos dominados pelo espírito de frouxidão e conveniência, se não pode com eles se destrua junto deles.  "Que pena de você".... Que escolheu não enxergar.

18-Voces, que são surdos, ouçam o que diz o senhor! Vocês cegos, olhem para Deus e voltarão a ver! 19-Não há ninguém, em todo mundo, tão cego quanto o meu servo e tão surdo como o mensageiro que enviei! Quem é tão cego quanto aquele que é consagrado a mim, cego como Israel, “o servo do senhor”? 20-Você viu muitas coisas, mas não da atenção a elas; ouve a verdade, mas não da importância! 21-O senhor escolheu, para manter sua honra, tornar grande e gloriosa sua lei. Foi pela lei que ele quis fazer de seu povo uma grande nação.
Isaias 42: 18-22

Não tenho pretensão nenhuma de convencer a alguém ou contra argumentar crenças ou religiões, nem neste blog - como está na descrição - e menos ainda neste novo artigo. Eu gostaria de deixar alguns esclarecimentos com relação à minha visão pessoal de um assunto que parece insolúvel e atravessou os séculos. A Lei, tão preciosa e enfatizada na doutrina judaica, é de suma importância na questão de relacionamento com Deus, o Eterno, enquanto a Graça é o que Cristãos Evangélicos protestantes dão maior valor.
É quase um paradigma para os cristãos modernos associar o Antigo Testamento à Lei e o Novo Testamento à Graça. Em várias oportunidades, propus a estudantes (de seminário e escolas dominicais) estabelecer o relacionamento entre os termos e, invariavelmente, as respostas têm seguido a seguinte relação:

 LEI          —   Antigo Testamento
GRAÇA   —   Novo Testamento

A questão não seria exatamente essa se a pergunta fosse: estamos sobre a lei ou sobre a graça? Pessoalmente, não enxergo as coisas desta forma e a falta de conhecimento e raciocínio vem destruindo o homem há muito tempo, como já dizia o profeta Oséias
Meu povo foi destruído por falta de conhecimento. “Uma vez que vocês rejeitaram o conhecimento, eu também os rejeito como meus sacerdotes; uma vez que vocês ignoraram a lei do seu Deus, eu também ignorarei seus filhos”.
Oséias 4:6
O mais interessante no versículo acima é que o povo foi destruído por duas razões simples:

1 – Falta de Conhecimento.
2 – Ignorar a lei de Deus.

1ª Parte
O surgimento da Lei
Em primeiro lugar, precisamos considerar que a Bíblia é a Palavra de Deus. Portanto: ou a tomamos por inteiro, ou nada! Afinal, tornar-se-ia uma prática muito perigosa se apenas usássemos contextos isolados para defender ideias.
Vamos começar por GÊNESIS para entender um pouco a origem das coisas.
Depois da criação, da queda do homem e do dilúvio, Deus chamou um homem para dar origem a uma nação que seria representante de Deus na Terra, para a qual Ele prometeu a salvação. Este homem era Abrão que, pela sua obediência, recebeu a promessa de que por meio de sua geração muitas nações conheceriam este Deus. A partir de então, Deus o chamou (capítulo 17) e lhe propôs uma aliança eterna e por ser eterna fundamental para todos nós.
Será fundamental a leitura do texto completo:

Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito. E porei a minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente. Então caiu Abrão sobre o seu rosto, e falou Deus com ele, dizendo: Quanto a mim, eis a minha aliança contigo: serás o pai de muitas nações; e não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto; E te farei frutificar grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti; e estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti. E te darei a ti e à tua descendência depois de ti, a terra de tuas peregrinações, toda a terra de Canaã em perpétua possessão e ser-lhes-ei o seu Deus. Disse mais Deus a Abraão: Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu, e a tua descendência depois de ti, nas suas gerações. Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti: Que todo o homem entre vós será circuncidado. E circuncidareis a carne do vosso prepúcio; e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. O filho de oito dias, pois, será circuncidado, todo o homem nas vossas gerações; o nascido na casa, e o comprado por dinheiro a qualquer estrangeiro, que não for da tua descendência. Com efeito será circuncidado o nascido em tua casa, e o comprado por teu dinheiro; e estará a minha aliança na vossa carne por aliança perpétua. E o homem incircunciso, cuja carne do prepúcio não estiver circuncidada, aquela alma será extirpada do seu povo; quebrou a minha aliança. Disse Deus mais a Abraão: A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome. Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho; e a abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela. Então caiu Abraão sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há de nascer um filho? E dará à luz Sara da idade de noventa anos? E disse Abraão a Deus: Quem dera que viva Ismael diante de teu rosto! E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele. E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação. A minha aliança, porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara dará à luz neste tempo determinado, no ano seguinte. Ao acabar de falar com Abraão, subiu Deus de diante dele. Então tomou Abraão a seu filho Ismael, e a todos os nascidos na sua casa, e a todos os comprados por seu dinheiro, todo o homem entre os da casa de Abraão; e circuncidou a carne do seu prepúcio, naquele mesmo dia, como Deus falara com ele. E era Abraão da idade de noventa e nove anos, quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio. E Ismael, seu filho, era da idade de treze anos, quando lhe foi circuncidada a carne do seu prepúcio. Naquele mesmo dia foram circuncidados Abraão e Ismael seu filho, E todos os homens da sua casa, os nascidos em casa, e os comprados por dinheiro ao estrangeiro, foram circuncidados com ele.
Gênesis 17:1-27

Deste trecho é importante destacar alguns pontos:
1 - Deus disse que a aliança seria perpétua. (Algumas versões dizem eterna.)
2 – Foi Deus quem primeiro procurou a Abrão. Foi a vontade d’Ele, que é soberana, estabelecer esta aliança.
3 – Deus propõe a circuncisão já a partir de Abraão, como sinal de obediência, para selar o início deste “acordo”, sem ainda citar as demais leis.
4 – Deus está falando em estabelecer uma nação, e não de salvação.
Portanto, Deus usou a Abrão para dar início a uma nação a partir da qual o próprio Deus voltaria a se relacionar com a humanidade. Um povo para obedecê-Lo em amor e fidelidade, uma nação que O representasse na face da Terra. Mas, no entanto, existia ainda a necessidade de algumas regras claras para que eles não continuassem vivendo segundo suas próprias leis naturais, e, por consequência, deixassem uma imagem distorcida de quem é Deus.
Muito bem. Mais tarde, já nos tempos de Moisés, os Hebreus escravizados no Egito serviam ao Deus de Abraão (ao qual foi dada a circuncisão como sinal da aliança). Moisés, homem de coragem e fé, foi usado por Deus para libertar os Hebreus da escravidão e para guiá-los para terra que Deus havia prometido já há muito tempo para Abraão.
Logo após, esta nação tão numerosa vaga no deserto por quarenta anos, mas nunca chegam à terra prometida, nem mesmo Moisés. Por quê?
Relembre Oséias 4:6: falta de Conhecimento e ignorar a lei de Deus.

Observemos:
1-            Deus sempre levou muito a sério suas promessas, assim como suas exigências à obediência e fé.
2-            Deus já tinha cumprido com parte de Suas promessas feitas a Abraão. Eles – o povo hebreu – já eram numerosos, e, agora livres, caminhavam para conquistar a Terra Prometida.
3-            Deus em nenhum momento voltou atrás ou mudou as regras, afinal Ele mesmo afirmou e reafirmou que este acordo seria eterno.

Enquanto o povão está perdido no deserto, Deus chamou Moisés ao monte Sinai para, só então, estabelecer regras mais definidas e concisas, para que este povo O servisse e vivesse em harmonia. Então, Deus escreveu os Dez Mandamentos, com palavras gravadas pelos Seus próprios dedos em duas tábuas de pedra (Êxodo 31:18), e as entrega a Moisés, e ainda lhe explica detalhadamente como o povo deveria agir (Êxodo cap. 20-24).
Os dez mandamentos encontram-se no livro de Êxodo, capítulo 20. LEIA!
Nitidamente os Dez Mandamentos se dividem em duas partes distintas, as quais foram fundamentais para que esta nação se organizasse como tal, e aprendesse a viver em harmonia entre si e com Deus. Assim, observe que os primeiros cinco mandamentos estão diretamente relacionados ao relacionamento do homem com Deus, e os cinco últimos estão ligados ao relacionamento dos homens entre si. Fica claro que estes cinco últimos mandamentos, continuam sendo utilizados até os dias de hoje como base para as leis que os homens implantam no mundo todo.

1-            Não matarás. – Matar é crime em qualquer lugar do mundo! (Sexto mandamento).
2-            Não furtarás. – Roubar é crime! (Oitavo mandamento).
3-            Não darás falso testemunho. – Acusar sem provas é crime. (Nono mandamento).
Se até hoje o mundo cria suas leis fundamentadas num princípio tão antigo, por que desprezaremos algo de tão bom e precioso que o próprio Criador fez?

2ª Parte
 Atualizando um pouco o tempo.
Passado muito tempo, estamos nós diante de um conflito sobre a Lei e a Graça. As religiões criadas por mãos de homens falíveis e de corpos corruptíveis digladiam entre si para defender o que pensam dentro de um conceito mundano, e na maioria das vezes se privam do direito de conhecer e se aprofundar sobre os conceitos tão profundos criados por Deus, uma mente infinitamente superior.
Continuando, o que entendo e foi explicitado na primeira parte, foi que Deus deu primeiramente a Abrão uma ordem específica e, depois de muitos anos, pra não dizer séculos, deu ao seu descendente Moisés os Dez Mandamentos. Como se não fosse o suficiente, os hebreus – hoje, Judeus – criaram ainda os seus preceitos baseados nas leis dos mandamentos e nas instruções do Senhor.
Observação:
Os 613 mandamentos ou 613 mitzvot (do hebraico: תרי"ג מצוות ou Taryag mitzvot sendo TaRYaG um acrônimo do valor numérico "613") é o nome dado ao conjunto de todos os mandamentos que, de acordo com o judaísmo, constam na Torá (os cinco livros de Moisés).1 De uma forma geral, a expressão "A Lei de Moisés" (em hebraico Torat Moshé תורת משה) também é utilizada em referência ao corpo legal judaico.
Leia mais em:
Meu raciocino é: Temos os 10 mandamentos dados por Deus e estes foram resumidos a apenas dois por Cristo (amar a Deus sobre todas as coisas e ao teu próximo como a ti mesmo). As doutrinas religiosas, sejam elas católica, protestante tradicional, pentecostal, reformada ou neopentecostal, criaram os seus demais e próprios preceitos, tais como os supracitados 613 mandamentos seguidos pelos judeus.
O que mais vamos criar?
Este excesso de regras humanas, preceitos, doutrinas, conceitos religiosos e teologias fundamentalistas têm, na verdade, nos separado e provado que ninguém entende a mente de Deus, levando-nos a contendas e a atacarmos os companheiros do mesmo exercito.
Pense um pouco, caro leitor, e comece a refletir se estas guerras doutrinárias e teológicas valem a pena, pois durante este tempo estamos perdendo a oportunidade de servir a Deus, amar a Deus e ter comunhão uns com os outros, o que, sem duvida, é o maior plano de Deus.

3ª Parte
I. ESTAMOS SOB A LEI OU SOB A GRAÇA?
Esse questionamento reflete um entendimento confuso do ensino bíblico acerca da lei e da graça de Deus. Muitos associam a lei como um elemento pertencente exclusivamente ao período do Antigo Testamento e a graça como um elemento neotestamentário. Isso é muitas vezes o fruto do estudo apressado de textos como:
...sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, e sim mediante a fé em Cristo Jesus, também temos crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não por obras da lei, pois, por obras da lei, ninguém será justificado (Gálatas 2.16).
Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e sim da graça (Romanos 6.14).
E, de fato, uma leitura isolada dos textos acima pode levar o leitor a entender lei e graça como um binômio de oposição. Lei e graça parecem opostas, sem reconciliação — o cristão está debaixo da graça e consequentemente não tem qualquer relação com a lei. No entanto, essa leitura é falaciosa. O entendimento isolado desses versos leva a uma antiga heresia chamada antinomismo, a negação da lei em função da graça.
 As implicações da forma como entendemos a relação entre lei e graça vão muito além do aspecto puramente intelectual. Esse entendimento vai, na verdade, determinar toda a forma como alguém enxerga a vida cristã e que tipo de ética esse cristão irá assumir em sua caminhada. John Hesselink, um estudioso sobre a relação entre lei e graça, exemplifica que, na década de 1960, os cristãos proponentes da ética situacionista se levantaram contra leis, regras e princípios gerais, propondo uma nova moralidade. Esse movimento propõe que a ética das Escrituras não é absoluta, mas depende do contexto. Nem mesmo a lei moral de Deus é absoluta; ela depende da situação. Essa proposta surgiu e se desenvolveu dentro do cristianismo tradicional, alcançando seguidores de todas as bandeiras denominacionais, praticamente sem restrições. A lei não tem mais qualquer papel determinante na ética cristã; o que determina a ética cristã é o “princípio do amor,” conclui o movimento. A consequência dessa conclusão é que a graça suplanta a lei. As decisões éticas devem ser tomadas levando em consideração o princípio do amor. Tome-se, por exemplo, a questão do aborto no caso de estupro. Aprová-lo nessas circunstâncias é um ato de amor baseado no princípio do amor à mãe que foi estuprada. Ou mesmo a questão da pena de morte. Ela não se encaixa no princípio do amor ao próximo e, portanto, não pode ser uma prática cristã. Até mesmo situações como o divórcio passam a ser aceitáveis pelo princípio do amor. O mesmo acontece com a homossexualidade, aceitá-la passa a ser um ato de amor e, portanto, essa prática não pode ser considerada como pecado, ou, se assim considerada, é um pecado aceitável.
Mas seria essa a verdadeira conclusão do cristianismo e o verdadeiro ensino das Escrituras sobre a lei? É isso que o estudo das Escrituras e o cristianismo histórico nos ensinam?
Por que usar a lei
Para entendermos bem o uso da lei precisamos entender o que são o pacto das obras e o pacto da graça. Assim, é prudente começarmos por esclarecer o que são esses pactos e qual o conceito de lei que está envolvido na questão.
De forma bem resumida, podemos dizer que o pacto das obras é o pacto operante antes da queda e do pecado. Adão e Eva viveram originalmente debaixo desse pacto e sua vida dependia da sua obediência à lei dada por Deus de forma direta em Gênesis 2.17 — não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal. Adão e Eva descumpriram a sua obrigação, desobedeceram a lei e incorreram na maldição do pacto das obras, a morte.
O pacto da graça é a manifestação graciosa e misericordiosa de Deus, aplicando a maldição do pacto das obras à pessoa de seu Filho, Jesus Cristo, fazendo com que parte da sua criação, primeiramente representada em Adão, e agora representada por Cristo, pudesse ser redimida. Porém, a lei antes da queda não se resume à ordem de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. A lei não deve ser reduzida a um aspecto somente. Existem outras leis, implícitas e explícitas, no texto bíblico. Por exemplo, a descrição das bênçãos em Gênesis 1.28 aparece nos imperativos: sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e dominai-a. Esses imperativos foram ordens claras do Criador a Adão e sua esposa e, por conseguinte, eram leis. O relacionamento de Adão com o Criador estava vinculado à obediência, à qual ele era capaz de exercer e assim cumprir o papel para o qual fora criado. No entanto, o relacionamento de Adão com Deus não se limitava à obediência. Esse relacionamento, acompanhado de obediência, deveria expandir-se de maneira que nele o Deus criador fosse glorificado e o ser humano pudesse ter plena alegria em servi-lo. A Confissão de Fé nos fala da lei de Deus gravada no coração do homem (CFW 4.2). Essa lei gravada no coração do ser humano reflete o tipo de intimidade reservada por Deus para as suas criaturas.
Nesse contexto podemos perceber que a lei tinha um papel orientador para o ser humano. Para que o seu relacionamento com o Criador se mantivesse, o homem deveria ser obediente e assim cumprir o seu papel. A obediência estava associada à manutenção da bênção pactual. A não obediência estava associada à retirada da bênção e à aplicação da maldição. (Deuteronimo 28, 1 – 68). A lei, portanto, tinha uma função orientadora. O ser humano, desde o princípio, conheceu os propósitos de Deus através da lei. Tendo quebrado a lei, ele tornou-se réu da mesma e recebeu a clara condenação proclamada pelo Criador: a morte.
O que acontece com essa lei depois da queda e da desobediência? Ela tem o mesmo papel? Ela possui diferentes categorias? Por que Deus continuou a revelar a sua lei ao ser humano caído?

A PROPÓSITO, DE QUE LEI ESTAMOS FALANDO?

A revelação da lei de Deus, como expressão objetiva da sua vontade, encontra-se registrada nas Escrituras. Esse registro, que começou nos tempos de Moisés, fala-nos da lei que Deus deu a Adão e também aos seus descendentes. Essa lei foi revelada ao longo do tempo. Dependendo das circunstâncias e da ocasião em que foi dada, possui diferentes aspectos, qualidades ou áreas sobre as quais legisla. Assim, é importante observar o contexto em que cada lei é dada, a quem é dada e qual o seu objetivo manifesto. Só assim poderemos saber a que estamos nos referindo quando falamos de Lei.
A LEI esta sempre divida nos aspectos em lei moral, civil e cerimonial. Cada uma tem um papel e um tempo para sua aplicação:
(a) Lei Civil ou Judicial – representa a legislação dada à sociedade israelita ou à nação de Israel; por exemplo, define os crimes contra a propriedade e suas respectivas punições.
(b) Lei Religiosa ou Cerimonial – representa a legislação levítica do Velho Testamento; por exemplo, prescreve os sacrifícios e todo o simbolismo cerimonial.
(c) Lei Moral – representa a vontade de Deus para o ser humano, no que diz respeito ao seu comportamento e aos seus principais deveres.
Toda a Lei é aplicável aos nossos dias?
Quanto à aplicação da Lei, devemos exercitar a seguinte compreensão:
(a) A Lei Civil tinha a finalidade de regular a sociedade civil do estado teocrático de Israel. Como tal, não é aplicável normativamente em nossa sociedade.
(b) A Lei Religiosa tinha a finalidade de imprimir nos homens a santidade de Deus e apontar para o Messias, Cristo, fora do qual não há esperança. Como tal, foi cumprida com sua vinda.
(c) A Lei Moral tem a finalidade de deixar bem claro ao homem os seus deveres, revelando suas carências e auxiliando-o a discernir entre o bem e o mal. Como tal, é aplicável em todas as épocas e ocasiões.
CRISTO E A LEI
Precisamos entender que Cristo se satisfez e cumpriu a lei de forma plena e completa. Ele não veio revogar a lei. Façamos uma breve análise de Mateus 5.17-19:
Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. Porque em verdade vos digo: até que o céu e a terra passem, nem um i ou um til jamais passará da Lei, até que tudo se cumpra. Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus.
Alguns pontos interessantes são demonstrados por Jesus nessa passagem:
(a) Ele veio cumprir a lei e não revogá-la.
(b) Aquele que cumpre a lei será considerado grande no Reino dos Céus.
(c) Em nenhum momento Cristo se referiu à salvação quando se baseou na lei.
Como entender essas conclusões de Jesus com respeito a si mesmo e à Lei?
(a) Ele veio cumprir a lei e de fato a cumpriu em todas as suas dimensões: cerimonial, civil e moral. Não houve qualquer aspecto da lei para o qual Cristo não pudesse atentar e cumprir. Cristo cumpriu a lei de forma perfeita, sendo obediente até a própria morte. Ele tomou sobre si a maldição da lei. Ele se torna o fundamento da justificação para o eleito.
(b) Ele não só cumpriu a lei perfeitamente, mas também interpretou a lei de forma perfeita, permitindo aos que comprou na cruz, entendê-la de forma mais completa, mais abrangente.
(c) Os que nele creem agora também podem cumprir os aspectos necessários da lei para uma vida santa. No entanto, esses que por ele são salvos não são mais dependentes da lei para a sua salvação. Por isso há uma diferença clara entre os que chegam ao Reino dos Céus, alguns serão considerados maiores do que outros. Nisso consiste o galardão que o próprio Deus entregara a cada um.
I Pedro 5:b4. E quando o grande pastor aparecer, vocês receberão a coroa gloriosa, que nunca perde o brilho; I coríntios 3:7-15 Pois não há diferença entre a pessoa que planta e a pessoa que rega. Deus dará a recompensa de acordo com trabalho que cada um tiver feito. Porque nós somos companheiros de trabalho no serviço de Deus, e vocês são o terreno no qual Deus faz o seu trabalho. È importante que todos nós compareçamos perante o Tribunal de Cristo, pois neste Tribunal só entra os salvos, para que receba sua coroa de acordo com o seu merecimento. Nisto todos estarão em corpos glorificados. (II coríntios. 5.10).
(d) Cristo, ao cumprir a lei, ab-roga a maldição da lei, mas não a sua magistralidade.  A lei continua com o seu papel de ensinar ao ser humano a vontade de Deus. A ab-rogação da maldição da lei é aquilo a que Paulo se refere em textos como Rm 6.14 e Gl 2.16 — estamos debaixo da graça!
O ponto principal, claro, é que Cristo cumpriu a lei em todos os aspectos, seja no vivê-la, no submeter-se à maldição da lei para satisfazer a sua exigência de punição dos transgressores, ou restabelecendo sobre outras bases a possibilidade de cumprir aquilo que a lei requer. Cristo, em outras palavras, satisfez tudo o que a lei exigiu ou pode vir a exigir da humanidade. A justificação que estava associada à lei agora pertence completamente a Cristo.

Portanto, nossa obediência à lei não acontece e não pode acontecer sem Cristo. Tentar viver debaixo da lei, sem Cristo, é submeter-se à escravidão. Porém, obedecer à lei com Cristo é prazer e vida. Também, nesse sentido, Cristo é o fim da lei!

CONCLUSÃO
Portanto, ao relacionarmos lei e graça devemos nos lembrar dos diversos aspectos e nuanças que estão envolvidos nesses termos.
Primeiramente, encontramos tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a graça de Deus. Ele não reserva a sua graça somente para o período do Novo Testamento como muitos pensam. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento podemos ver Deus agindo graciosamente, salvando aqueles que creem na promessa do Redentor. Assim Abel, Enoque, Noé, Abraão e todos os santos do Antigo Testamento foram remidos. Nenhum deles foi salvo por obediência à Lei, ainda que o Senhor requeresse deles, assim como requer de nós, que sejamos obedientes.
Quando Paulo escreve em todo Novo testamento sobre lei e graça, ele reduz a zero os efeitos da lei concernentes à salvação, uma vez que em todo tempo o homem sempre foi salvo pela graça. Jesus veio para deixar tudo ainda mais claro, portanto, tanto debate sobre isso mostra como Oséias (lembra?) estava certo.
Em segundo lugar, a lei opera para vida ou morte no pacto das obras e somente para a morte no pacto da graça. No pacto das obras, por mérito, o homem poderia continuar vivo e merecer a “árvore da vida.” Portanto, pela obediência o homem viveria. No pacto da graça a lei opera para condenação do homem caído. Porque o homem já está condenado, ele não pode mais cumprir a lei e ela lhe serve para a morte.
Por último, a obra redentora de Cristo, que obedeceu a lei até as últimas consequências, compra-nos o benefício da salvação e a dá-nos a conhecermos a vontade de Deus pela sua lei. O único modo de o ser humano ser salvo é submeter-se totalmente àquele que, por mérito, comprou-lhe a salvação. Cristo cumpriu a lei e declarou justificados aqueles por quem ele morre. Ele cumpriu, os apóstolos cumpriram, assim como todos seus antepassados.  A lei não justifica, mas o homem que anda segundo a lei segue um caminho ético e correto diante de Deus, aproximando-se d’Ele.

Deus tenha Misericórdia de nós.

Revisado Por:
Adriano Gomes e Milene Zezzi

BRINCANDO DE CASINHA DE BONECAS COM A IGREJA DE DEUS

Uma advertência solene aos santos da igreja do Senhor. 
  

Muitos pensam que Deus criou a igreja e deixou que a ordem e decência da igreja fossem definidas por qualquer um, em qualquer época e ao sabor das circunstâncias e inclinações culturais. Esse engano, às vezes consciente e às vezes inconsciente, é fruto de descaso com a Palavra de Deus, o verdadeiro manual da igreja, a autoridade final. Muitos tratam a igreja, de modo semelhante a duas meninas brincando de casinha de bonecas. Elas fazem o que querem com as funções e papeis dos membros daquela casinha. Mesmo ambas sendo meninas, ambas concordam que uma delas vai ser o pai e a outra vai ser a mãe. Na brincadeira movida à fantasia elas fazem o que querem. Quando uma se cansa de ser o pai, diz para a outra, agora é sua vez de ser o pai. Depois, como se cansaram de brincar de casinha de bonecas, decidem que a casinha não é mais casinha, mas um armazém, um shopping Center, um hospital ou outra coisa qualquer.
Seguindo no mesmo clima de fantasia e irresponsabilidade acima, alguns líderes de igreja, vão tratando a igreja sem nenhum temor a Deus, como se a igreja fosse à casinha de bonecas que falamos acima. Sua maior arrogância e terrível pretensão é tratar a igreja como se fosse propriedade deles, e que com ela pudessem fazer o que quisessem. Esses maus líderes, verdadeiras maldições para suas igrejas, criando confusão e sucessivas divisões na igreja local, não somente mudam os papeis da liderança da igreja, mas, também, mudam os próprios papeis e funções da igreja do Senhor, que eles pensam que é deles, e pensam que essa brincadeira de mau gosto, soberba insana e fantasia demoníaca vai lhes sair barato.


ALGUMAS VERDADES BÍBLICAS ESQUECIDAS POR ESSES LÍDERES-LOBOS QUE TENTAM TRANSFORMAR A IGREJA DO SENHOR EM CASINHA DE BONECAS:

1.     Que a igreja não é deles, mas é propriedade exclusiva de Deus. O Novo Testamento se refere sempre a igreja como “igreja de Deus”  (II Co 1:1; Gl 1:13; I Tm 3:5)
2.     Que a igreja já tem uma ordem e decências estabelecidas pela Bíblia. Que o Novo Testamento foi escrito para que os líderes fiéis soubessem como proceder na igreja do Deus vivo. “Para que, se eu tardar, fique ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo coluna e baluarte da verdade”.  (I Tm 3:15).
3.     Que Deus não terá por inocente os servos maus e negligentes que transformam a sua igreja num covil de malfeitores e politiqueiros carnais. (Mt 12-13; 24:48-51; 25:26, 30).
4.     Que os maus líderes que dividem e dilaceram a igreja do Senhor por motivos pessoais e carnais, não escaparão do juízo divino que os destruirá, bem como a seus comparsas e cúmplices. “Vós, porém, amados, lembrai-vos das palavras anteriormente proferidas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo, os quais vos diziam: No último tempo, haverá escarnecedores, andando segundo as suas ímpias paixões. São estes os que promovem divisões, sensuais, que não têm o Espírito”. (Judas 17-19)
5.     Que a politicagem carnal e mundana é apropriada ao mundo e nunca jamais à igreja do Senhor, e os que dela participam estão entre os carnais inveterados nas obras da carne que não terão parte no Reino dos Céus. (Gl 5:19-21)
6.     Que aqueles que destruírem o santuário de Deus, Deus os destruirá. (I Co 3:17)
I – DE QUEM É A IGREJA LOCAL?
COM CERTEZA ELA NÃO É DE HOMEM OU ENTIDADE ALGUMA.
1)     A IGREJA NÃO É DO PASTOR – Ao Pastor de uma igreja foi confiada grande autoridade unida a grande responsabilidade. Como o bispo da igreja ele é individualmente a maior autoridade da igreja, o supervisor, administrador, gerente de toda a igreja, porém, pesa sobre ele a gravíssima responsabilidade de prestar contas diretamente a Deus pelo rebanho do Senhor, a ele confiado. Por isso, o pastor bíblico deve pastorear a igreja como a “igreja de Deus” e não como a “sua” igreja, como se tivesse o direito de fazer com ela o que melhor lhe parecesse.
     Pastorear a igreja como igreja de Deus é pastorear não para agradar a si mesmo, parentes ou a qualquer membro da igreja, mas, pastoreá-la para agradar tão somente a Deus. Muito menos os amigos mais favorecidos e bem sucedidos.
Um pastor que pastoreia uma igreja para agradar a homem não é servo de Cristo, portanto, também não é um pastor de Deus. Um pastor que não é um pastor de Deus, realmente chamado por Deus, para viver e agradar a Deus, de fato, é uma maldição para qualquer igreja. [Atos 20:28 – “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a IGREJA DE DEUS, a qual ele comprou com o seu próprio sangue”].


2)     A IGREJA NÃO É DE UMA LOCALIDADE ou CULTURA – Embora, a igreja local esteja em determinado local ou cultura, a igreja não pertence àquele local ou cultura como se suas normas tivessem de se adequar ou se submeter às leis e regras daquele local ou cultura.
- Por exemplo. Alguém diz, nossa igreja já está neste local há muitos anos e sempre fez deste “Jeito”. O que vai interessar no final das contas, não é o tempo e as pessoas que apóiam aquele “jeito” peculiar da igreja ser. O que realmente vai importar no final de tudo, é o que realmente é à vontade de Deus, conforme revelada em Sua Palavra a Bíblia Sagrada.
     [1 Coríntios 1:2 - “à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso”]:
3)     A IGREJA NÃO É DOS CRENTES –  A igreja de Coríntios tinha os crentes mais “carnais” destruidores da igreja de Deus que se tem registro. O espírito destruidor dos coríntios estava exatamente no fato de tratarem a igreja como se fosse deles. Por isso, Paulo começa aquela carta, baseando toda sua doutrina e instrução para igreja, no fato de que a igreja é de Deus, e não dos crentes, e que o Senhor é a autoridade máxima da igreja, ou seja, Cristo e não os crentes.
     Embora as igrejas batistas tenham como distintivo o governo congregacional-democrático, ou seja, as decisões da igreja devem ser feitas pela maioria dos votos dos crentes reunidos em assembleia, isto não lhes dar direito a decidirem qualquer coisa que viole a Palavra de Deus. De fato, numa igreja verdadeiramente bíblica, o governo é teocrático-bíblico, ou seja, Deus é que governa através da obediência incondicional da igreja à sua Palavra.
    O que chamamos de governo congregacional-democrático da igreja, de fato, em muitas igrejas, não é um governo nem congregacional e muito menos democrático, mas sim, autocrático, onde o povo ou um grupo usurpa o governo de Deus, enganando-se pensando que a maioria pode decidir o que é certo e o que é errado. Numa igreja que realmente é bíblica e está sob o senhorio de Cristo, só há lugar para o governo bíblico, ou seja, toda questão só pode ser decidida pela Bíblia e nunca por uma maioria controladora. Vence quem provar biblicidade.
    Porém, embora as igrejas Batistas digam que sua única regra de fé é a Bíblia, e seus crentes digam que concordam com isso, de fato estão mentindo. Sua única regra de fé e prática são os caprichos de crentes carnais e nominais que tratam a igreja como se fosse sua casinha de bonecas, fazem e desfazem, mudam o que querem, destroem, tornam-se a maldição e tropeço da igreja de Deus.
    Esses “crentes perversos e pervertidos” se tornam famosos por terem se tornado “os donos da igreja”, de modo, que ninguém faz nada sem o seu consentimento e cumplicidade. São conhecidos também como “peritos em botar pastor para fora da igreja”, porque, ou o pastor faz o que eles querem, ou então o pastor pode arrumar as malas, ou seja, em vez de pastorear a igreja, o pastor deve se deixar intimidar e se deixar pastorear por este grupo de “filhos de belial”, do contrário, os tais “crentes malditos” tornarão a sua vida na igreja um inferno, chegando ao ponto, em que, ou ele sai, ou fazem uma política infernal para pô-lo para fora em uma assembleias de escarnecedores e zombadores das coisas sagradas.

II - O QUE ACONTECE QUANDO PASTOR E LÍDERES TENTAM SER DONOS DA IGREJA DE DEUS.

A igreja se torna amaldiçoada por um império de carnalidade, perversidade e joio, onde os pastores e líderes de belial levam a igreja a ser progressivamente destruída.  Há igrejas, cheias de crentes e líderes malditos pela carnalidade, perversidade e falta de conversão, verdadeiros filhos do inferno, que, pelo fato de não temerem a Deus e nem se submeterem à Sua Palavra, já começam amaldiçoando a igreja, quando essa quer convidar um pastor. Esses filhos de belial não querem um pastor de Deus, um homem santo, nem um profeta do Senhor. Eles querem um pastor “frouxo”, “mundano”, “carnal” e não convertido como eles, por isso, todos os pastores sérios e tementes a Deus são riscados da possibilidade de integrarem a lista de possíveis candidatos àquela igreja. Finalmente, conseguem um pastor conforme o perfil que desejavam. Convidam o homem, porém, quando aqueles líderes, que são a maldição de suas igrejas, começam a se relacionar como o “novo” pastor, percebem que se enganaram, ou seja, que não será tão fácil dobrar aquele pastor carnal, pois uma das características da carnalidade é a obstinação e dureza de coração. Logo, não demora muito tempo, começa uma terrível batalha entre o pastor de Belial e os líderes filhos de Belial. Dependendo do caso, o pastor de belial bota os líderes de belial para fora, ou o inverso, os filhos de belial botam o pastor de belial para fora. PORÉM, a desgraça toda fica sempre para a igreja, que tem sobre si a maldição de ir de divisão em divisão, de pastor em pastor, até a sua destruição final. 

Um exemplo deste tipo de crentes é visto na igreja de Corinto. Por isso Paulo os adverte solenemente a não se tornarem tropeço ou queda para a igreja de Deus e ainda mostra que a atitude daqueles crentes-tropeço para igreja era de fato de desprezo pela verdadeira igreja de Deus, ou seja, esses infelizes que fazem divisões carnais na igreja, de fato não amam a igreja, mas apenas a sua vaidade e soberba pessoal. Porém, o dia chegará em que a maldição em que eles transformaram a vida da igreja cairá por cima deles, e terão o fim de todos os divisores carnais do povo de Deus.

O próprio Paulo norteava seu ministério pela humildade, embora, se quisesse poderia se gloriar na carne, mas preferia se gloriar nas suas fraquezas e depender do Senhor e não de politicagem carnal. Ao invés de se achar o maior de todos, se declarava o menor de todos.  “Porque eu sou o menor dos apóstolos, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo, pois persegui a igreja de Deus”. (I Co 15:9.  “Se tenho de gloriar-me, gloriar-me-ei no que diz respeito à minha fraqueza”. “De tal coisa me gloriarei; não, porém, de mim mesmo, salvo nas minhas fraquezas... Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”.(2 Co 11:30; 12:5,10 ).

 “Dissimuladores” (hipócritas, fingidos), “homens ímpios” (não temem a Deus), “transformam em libertinagem a graça de Deus” (resistem aos princípios de santidade, embora digam com a boca, que creem no Senhor Jesus Cristo, de fato, a sua vida nega o Senhorio e a Soberania de Cristo. (Jd 5)

“Sonhadores alucinados (vivem de fantasia e ilusões carnais), não só contaminam a carne, como também rejeitam governo e difamam autoridades superiores” (por isso, não são pastoreáveis, pois, se consideram pastores de si mesmos). (Jd 9)

Não são ensináveis, em sua soberba acham que já sabem tudo. “Estes, porém, quanto a tudo o que não entendem, difamam; e, quanto a tudo o que compreendem por instinto natural, como brutos sem razão, até nessas coisas se corrompem”. (Jd 10)

Judas alerta para o ai de maldição sobre eles e os compara a Caim, que foi amaldiçoado por Deus e a Coré, que foi tragado vivo pelo abismo. (Jd 11)

Judas diz que eles são insolentes em suas palavras (não respeitam ninguém), pois os chama de ímpios pecadores. (Jd 15)

Murmuradores, descontentes, andando segundo as suas paixões. A sua boca vive propalando grandes arrogâncias; aduladores dos outros, por motivos interesseiros. (Jd 16).

Escarnecedores do tempo do fim, homens cuja especialidade está em promover divisões sensuais ou carnais. Os escarnecedores são palha. Serão expulsos da congregação dos justos. (Jd 17-19; Sl 1:1-6).

III – BRINCANDO DE BONECAS COM AS IGREJAS BATISTAS REGULARES.

Pelo que vimos acima, não vale a pena brincar de casinha de bonecas com as igrejas do Senhor. A igreja é coisa séria. Não é casa de bonecas, mas a casa do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. A pérola de grande preço. A menina dos seus olhos. Deus não terá por inocente ou ignorante aquele que tratar levianamente a preciosíssima noiva de Cristo. Porém, parece que alguns líderes de igrejas Batistas Regulares não temem as maldições que pesam sobre os pervertedores e divisores carnais de igrejas.

Antes de finalizar eu quero fazer UM APELO AOS AUTÊNTICOS LÍDERES CRISTÃOS DA IGREJA DO SENHOR. Aqueles que, embora pudessem se gloriar na carne, gloriam-se apenas nas suas fraquezas e no Senhor. Embora tenham muitos anos de experiência na obra do Senhor, alguns tenham curso superior e importantes profissões na vida secular, outros sejam ricos de recursos materiais, mesmo assim, não se aproveitam de suas condições materiais e seculares para brincar com a igreja do Senhor. Que como fiéis servos do Senhor, que continuem a cultivar a humildade e o temor do Senhor, que são distintivos dos verdadeiros crentes e servos do Senhor. 

A igreja do Senhor Jesus Cristo não deve tolerar nem pastores de belial, nem diáconos de belial, nem qualquer crente de belial.

Vamos respeitar as coisas de Deus. Vamos ter mais temor a Deus. Pois, se estamos brincando com as coisas de Deus, com certeza Deus não brincará conosco, quando descer em juízo e maldição sobre os filhos de belial que empestam as igrejas do Senhor neste tempo do fim.

Vamos buscar viver em santidade e humildade. Somente os humildes verão o Reino de Deus e somente os santos verão a Deus. As batalhas carnais não compensam. Batalhemos somente pela fé.  (Mt 5:3; Hb 12:14).

   Pr. José Laérton.

IBR Emanuel, Fortaleza.

  DEZ PASSOS PARA SE TORNAR UM PACIFICADOR Publicado em   17 de abril de 2020   por   Celebrando Restauração 1. ANDAR HUMILDEMENTE E isto vo...

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